quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Hoje estou decidindo, devagarinho, acabar com uma ilusão de estimação que venho cultivando como se fosse algo bom, MAS NÃO É! Não é bom mendigar beijo, implorar abraço, suplicar carinhos. O que nao é espontâneo, nao pode ser fabricado, nem inventado, nem ilusionisticamente vislumbrado, amar tem que ser natural.
Eu ando mendigando, suplicando, inventando amor onde há apenas parceria. A parceria é fundamental para um negócio, para um trabalho em grupo, mas ela não é boa para um relacionamento afetivo. Afeto tem que ter verdadeira vontade, desejo simples e livre. Não há como amar em liberdade condicional. Hora livre para receber, mas aprisionado em si quando é chamado a dar. Está na hora de se levantar da mesa porque o amor não foi servido. Está na hora de seguir em frente e dizer mais uma vez "adeus".
Essa é a boa hora em que a vida se fortalece junto com toda dor abraçada e em seguida colocada em minha pequenina bagagem. Vou levar daqui o jeito gostoso de amar sem nenhuma medida e sem quadratura. É a hora exata de seguir para outra viagem. Quem sabe se encontre amor, mais uma vez, seria a maior benção dessa vida. Mas, se não houver esse encontro, haverá outras dádivas dentre elas a felicidade, a dignidade, a lealdade, a autoestima, o autocuidado, o autoconhecimento, a alegria do saber sobre a experiência sobre existir em demasia. Quero ser feliz e viver cada dia.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA