domingo, 5 de agosto de 2018

Meia ausência basta...sobre ela

"me confirmei que agora e não depois
vou ter que seguir em frente...
Preocupa, não...que eu não vou bater no seu portão
Preocupa, não...que não vai ver mais o meu nome em nenhuma ligação
Preocupa, não...que eu vou tomar vergonha na cara
Preocupa, não ...pra um bom entendedor meia ausência basta" .
                     "Ausência" - Marília Mendonça

Que a ausência dela sempre foi forte e me modificou muito, nunca deixei de perceber. Hoje são fragmentos, como estilhaços que quebraram em mim. Feriu. Sou dolorida por isso. Queria sempre poder dizer que superei, mas não é verdade.
Hoje, apenas, tenho uma certeza, mesmo boba, honesta: não serei dela como eu sempre quis. Serei minha sim, mas por ela eu me compartilharia. Mas há tempo pra tudo debaixo do céu. E o tempo dela, pousou rápido demais.
Ela é uma mulher que eu não tenho como negar que eu amo. Mas nunca será minha, nem me deixaria chegar tão perto para um dia sê-lo. É uma mulher forte e valente para se deixar entregar assim. Essa é uma doação inteira que não aceita devolução nem se deixa enganar.
Ela é muito importante para mim, o suficiente para eu lhe amar a anos luz de distância. E meu tempo nunca pousou para ela. Sempre foi um vento que retira as folhas e não as repõe. Eu fui, antes dela. Passei que nem nuvem passageira.
Fui, ela foi. Embora haja nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA