Acho estranho essa forma de combate e enfrentamento entre mulheres, não que a ausência de conflito seja possível, mas a radicalidade é também uma forma que flerta com o absurdo. Sabemos que o feminismo não começa nos livros e nem nas referências bibliográficas, ele está na nossa vivência, ele é experiência e não reflexão abstrata e filologismo político. Precisamos respeitar as diferenças se não nossas divergências nos afastarão mais ainda. Ser heterossexual, bissexual ou homossexual nunca será um opção, mas sempre precisa ser respeitada como uma identidade. Seja pela opressão patriarcal ou pela militância radical muitas somos influenciadas e isto não é legal porque converge para o ponto que realmente importa: opressão feminina. É uma repressão sexual "por coerência" ali, uma inibição comportamental pra não deixar o rolê acolá e o mundo sai do dominante (masculino) para o subordinador (masculinizante). Esse mito do super potente precisa ser ultrapassado nas questões sociais e políticas para que avancemos diante do que o feminismo em sua questão essencial impõe: direitos iguais, sem equiparações compulsórias. Ser o que se é não anda na moda, mas precisamos falar melhor sobre modismos e necessidades urgentes!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA