domingo, 27 de maio de 2018

A canção do senhor da guerra - ventos frios se aproximam

Hoje eu acordei com essa música, nada alegre na cabeça. Estou em uma cidade do interior do Brasil, sem TV e vendo apenas o que eu quero pela internet. Mas a minha intuição me diz que ventos ruins se aproximam do nosso país. Não será daqui a pouco, nem amanhã, nem no mês quem, mas acontecerá. Por favor, não é uma premonição é um medo racional: o povo brasileiro sedento e movido a ódio e desilusão não sabe mais se defender ou se cuidar.
É triste ver tantas senhoras, senhores, crianças, famílias, adolescentes e até mesmo jovens dizendo que querem armas nas mãos. E eu me pergunto "pra quê?", "por que nossa gente quer se armar?", "que guerra é essa que se arruma?". É uma profunda derrota guerrear, ainda mais contra a sua própria gente, contra os seus.
Brigamos, odiamos, julgamos, criticamos, bradamos ódio que só traz destruição. O nome desse senhor das guerras é um nome por trás de nossos tesouros, de nossa essência. Eles dizem "família", nós ouvimos "mata quem não é da minha". Eles dizem "amor", nós ouvimos "derruba aquilo que não for". Eles dizem "Jesus" e nós ouvimos "coloca na cruz". Eles dizem "em nome de Deus" e nós queremos adorar o senhor de toda essa guerra.
Não idolatre político, nenhum pode ser santificado, porque nem um de nós, nenhuma pessoa é santa, lembra? Não brigue com seus amigos, conhecidos e parentes por um assunto tão importante, se quiser discuta com respeito e disposição para ouvir. Não crie inimigos entre aqueles que te rodeiam porque um dia você poderá precisar da misericórdia de quem não tem mais nem pena pra olhar por você.
O senhor da guerra, já cantava Renato Russo, "não gosta de crianças", porque são elas livres para aprender coisas novas e para acreditar em outra pessoa de qualquer tamanho, idade ou raça. São as crianças que defendem a igualdade e não a democracia.
 A sua liberdade deixa de ser uma real liberdade quando atinge o outro em cheio e derruba sua liberdade. Não acredite em liberdade de comprar, de consumir, de usufruir, de expressar "sua opinião" agressiva (também conhecida como preconceito). Essa falsa liberdade é o nome que o senhor da guerra e das armas dá para o combustível que o alimenta. Não é livre quem quis matar e matou, não é livre quem quis ofender e magoou, não é livre quem quis ver sofrer e foi cruel. Isso é só maldade, não tem liberdade no ódio e na violência!
Lembre-se, se for possível: se seu candidato a presidente for alguém igual ao senhor da guerra, ele poderá te surpreender com a capacidade de ser mal que ele guarda. Ninguém consegue saber exatamente onde a maldade humana pode parar. Se o seu candidato fala em paz e em igualdade, saiba que não só o Brasil inteiro, mas a sua família será muito melhor cuidada. Não precisamos de guerras. Nosso país precisa de paz e igualdade.

A música que me acordou reflexiva hoje não é de melodia boa, mas traz uma mensagem bem clara sobre quem é realmente inimigo da nossa gente!

A Canção Do Senhor Da Guerra
Legião Urbana

"Existe alguém esperando por você
Que vai comprar a sua juventude
E convencê-lo a vencer
Mais uma guerra sem razão
Já são tantas as crianças
Com armas na mão
Mas explicam novamente que a guerra
Gera empregos, aumenta a produção
Uma guerra sempre avança a tecnologia
Mesmo sendo guerra santa
Quente, morna ou fria
Pra que exportar comida se as armas
Dão mais lucros na exportação?
Existe alguém que está contando com você
Pra lutar em seu lugar já que nessa guerra
Não é ele quem vai morrer
E quando longe de casa
Ferido e com frio
O inimigo você espera
Ele estará com outros velhos
Inventando novos jogos de guerra
Que belíssimas cenas de destruição
Não teremos mais problemas
Com a superpopulação
Veja que uniforme lindo fizemos pra você
E lembre-se sempre que:
Deus está do lado de quem vai vencer
O senhor da guerra não gosta de crianças
O senhor da guerra não gosta de crianças
O senhor da guerra não gosta de crianças
O senhor da guerra não gosta de crianças"

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA