Mais um poema de solidão e de noite
Pela janela de vidro negro, destemperada
Vou olhando o meu espelho bobo
Eu fixo e no olho que vejo
Desejo mesmo outro
Ele quem eu fito.
As minhas pupilas dilatadas
São apenas um pedaço desse instinto findo
Zune fino o vento na minha orelha
Arfando hálito cético
Nenhum sentido, nenhuma palavra
Apenas um nada e poeira.
Esse vão entre eu mudo
E ele quieto do outro lado na cama
Esse abismado vazio
Um corte entre o meu outro
E a mensagem nem lida
Instantes pequenos
14 quartos de horas
E a cada passo no ponteiro
Eu vejo de longe o sua ausência
Eu desconheço seu rosto
Daqui é certo estar cego
E eu fico, me finco
Há somente solidão e eu madrugada.
Pela janela de vidro negro, destemperada
Vou olhando o meu espelho bobo
Eu fixo e no olho que vejo
Desejo mesmo outro
Ele quem eu fito.
As minhas pupilas dilatadas
São apenas um pedaço desse instinto findo
Zune fino o vento na minha orelha
Arfando hálito cético
Nenhum sentido, nenhuma palavra
Apenas um nada e poeira.
Esse vão entre eu mudo
E ele quieto do outro lado na cama
Esse abismado vazio
Um corte entre o meu outro
E a mensagem nem lida
Instantes pequenos
14 quartos de horas
E a cada passo no ponteiro
Eu vejo de longe o sua ausência
Eu desconheço seu rosto
Daqui é certo estar cego
E eu fico, me finco
Há somente solidão e eu madrugada.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA