Vejo na folha em branco um céu
repleto de azul infinito
sem manchas de cinza,
sem mais poluição
eu sinto somente o céu
quando escrever me faz sina
eu sinto a tormenta
o bruto risco do raio
trovejando meu dia
e em chuva padeço
sou puro desejo
jorrando......................
quando meu céu é escrever
sou pássaro errante
em busca de vento
ventania constante
onde a angústia
me constrange
me derruba
e eu preciso
cair
não que voar não seja preciso
mas é que na queda
sou alguém
que morre
sou ninguém
escorrre
a vida
no fundo da linha
que não se mostra
que não é lida
mas que está ali
na folha
no pé da letra
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA