No menino apreendido por assalto mora uma infância roubada, por adultos que levaram a liberdade de ser aprendiz. Aprender a amar, a trabalhar, a aestudar, dar carinho, dizer a verdade, ter responsabilidade, cuidar com lealdade, entre tantos outros aprendizados tão importantes para uma vida digna..
Essa criança na lei é conhecida como menor, não menino ou menina, garoto, moleuqe, pequeno. Do latim puer, menino indica o homem criança, que vai crescer, que irá amadurecer, envelhecerá e tão só virará poeira, talvez antes do que qualquer um queira.
A pesar de parecer o passado da gente, a criança também é nosso futuro. Curioso e irõnico, não é? Muito do que eramos, veio de onde fomos, está onde somos e irá conosco para onde seremos. São movimentos do nosso ser a nossa essência, que é a mabneira de viver nossa de cada dia. Não significa dizer que somos "pau que nasce torto e nunca se indireita", não assim. Quer dizer que a infância é importante para construir e desconstruir caminhos por onde se anda.
Ao se roubar uma infância, não se presenteia com a juventude, joga-se na marginalidade, lugar em que não se é nada, nem se chega a nada. Claro que as possibilidades humanas não podem ser ignoradas, no entanto, há momentos em que são escondidas. Enquanto se procura a hombriedade, o bom senso, a normalidade, embora estas são sejam difíceis de se encontrar., escamoteia-se a fragilidade, a diferença histórica, a sensibilidade, que também são comuns a espécie, mas, acredita-se por aí, que só alguns tem. Por isso, não é preciso enxergar, é algo indiferente, tal qual aqueles que foram acometidos por essa doença. Que na verdade é uma falta, um vazio mesmo, é a pura ausência, que para uns é de família, ou educação, embora seja a falta que uma infância digna faz na vida.
Escrito, em 13 de maio, de 2013, em São Paulo.
Hilda
Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
segunda-feira, 13 de maio de 2013
segunda-feira, 6 de maio de 2013
No pé da letra
Vejo na folha em branco um céu
repleto de azul infinito
sem manchas de cinza,
sem mais poluição
eu sinto somente o céu
quando escrever me faz sina
eu sinto a tormenta
o bruto risco do raio
trovejando meu dia
e em chuva padeço
sou puro desejo
jorrando......................
quando meu céu é escrever
sou pássaro errante
em busca de vento
ventania constante
onde a angústia
me constrange
me derruba
e eu preciso
cair
não que voar não seja preciso
mas é que na queda
sou alguém
que morre
sou ninguém
escorrre
a vida
no fundo da linha
que não se mostra
que não é lida
mas que está ali
na folha
no pé da letra
repleto de azul infinito
sem manchas de cinza,
sem mais poluição
eu sinto somente o céu
quando escrever me faz sina
eu sinto a tormenta
o bruto risco do raio
trovejando meu dia
e em chuva padeço
sou puro desejo
jorrando......................
quando meu céu é escrever
sou pássaro errante
em busca de vento
ventania constante
onde a angústia
me constrange
me derruba
e eu preciso
cair
não que voar não seja preciso
mas é que na queda
sou alguém
que morre
sou ninguém
escorrre
a vida
no fundo da linha
que não se mostra
que não é lida
mas que está ali
na folha
no pé da letra
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