Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
segunda-feira, 21 de junho de 2021
O que eu acho PATRIARCAL em alguns discursos de alguns feminismos (radfem aproximado de libfem, por exemplo) é que não se discute de fato a VIOLÊNCIA de gênero produzida como um esmagador onipotente da humanidade de pessoas. Se fala em superiores (opressores) e inferiores, que muitas vezes parecem tomar para si uma "vontade", ainda que inconsciente ou menos velada, de OPRIMIR. Em outras palavras, é o que Freire já traduzia na expressão "pedagogia do oprimido", isto é, a cultura ensinada (transmitida) do opressor, como um vitorioso, e do oprimido, como um perdedor. Mas, gente, PERDEDOR DE QUÊ? GANHADOR DE QUÊ? Pensemos bem... Quem ganha MASSACRA, VIOLENTA, OPRIME, ESMAGA E DESUMANIZA e quem perde sai soterrado, silenciado, apagado, invisibilizado e desumanizado. Eu canso, sabe. Canso. Tô exausta. Pouquíssimos são os discursos de feminismo na internet que realmente eu compartilho, ou que me trazem aprendizado. Infelizmente. A esmagadora, literalmente, maioria, de fato me esmaga, me causa sofrimento psíquico, só repete opressão. Tão feminista que FALA O DIA TODO DE MACHO, nessa buceta! Tem feminista que RIVALIZA toda hora com a mana. Tem feminista que na hora de LER e ESCUTAR a dor real (crua) de outras mulheres DEBOCHA na postagem com comentário. E eu me coloco na posição de chamar para algumas leituras ATRAVESSADORAS de feminismos para além da bolha, especialmente branca, de classe média alta, centro-sulista, DESPREPARADA, OPRESSORA e (mesmo com oportunidade) LEITORA DE TRECHOS e não de LIVROS inteiramente, sem pular NENHUMA PÁGINA. Uma leitura honesta, de quem não sabe MESMO, não vai ter nenhum certificado MAS SE VÊ enlouquecer ou morrer devagarinho perdendo sangue a conta gotas. Existe alguns discursos que ABUSAM do termo feminista por sadismo, perversidade e OPRESSÃO.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA