sábado, 17 de outubro de 2020

mulher, mãe, a Deusa-Mãe e o movimento childrens free... aiai

Sinceramente,  o movimento childrensfree é um desserviço ao feminismo. É um absurdo querer separar na marra o ser mulher do ser mãe de maneira simbólica.  Fazem igualzinho aos dogmas patriarcais há milênios,  que enterraram literalmente a Deusa-Mãe para colocar no lugar o grande criador de tudo. Não ser mãe como opção é inevitavelmente uma escolha, muitas vezes, dolorosa porque vai contra a santa mãezinha proposta  como uma forma de submissão da mulher no judaísmo machocêntrico sempre. Porém, dizer que isso é pior do que ser mãe no mundo real já é demais! Muito mais as mulheres  sofrem na condição de mães do que de mulheres sem filhos. O sofrimento começa na carne dessa mulher enquanto o sofrimento da outra se torna sempre uma questão ideológica, psicológica, obviamente muito legítima,  MAS NÃO maior do que as das mães e da compulsoriedade da maternidade dentro do patriarcado como vivemos. Isso não é uma pauta sobre ser a favor da descriminalização das pessoas (mulheres e homens trans) que gestam até em caso de estupro. Isso é essencial sobre o ser mulher  diante da nossa indiscutível  natureza. Desculpe o desabafo. Vc me inspira e sabe disso!💜♀️👭🌻

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA