terça-feira, 24 de março de 2020

Uma voz se ergue no meio da paranóia...uma mulher se faz ouvir em chamas

Histeria..... palavra tão cara ventilada em discurso politico sem qualquer explicação ou contextualização. Como se histeria fosse algo de um falseamento, de um teor não verdadeiro, de um exagero. Eu, como histérica incurável que sou, penso: nada é mais vivo do que a realidade psíquica de um sujeito, ainda que fictícia e cheia de excessos. Se uma histeria se faz, ouçamos ela. Onde há histeria há um corpo que é palco de muita energia. Onde há histeria há vida, nem que seja em nome do medo da morte e do desamparo. Se um povo histérico desobedece a ordem de um líder sem platéia, esta é uma histeria legitima! Escutemos a histeria!

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA