Aos meus amigos que são pais e que têm total legitimidade de quererem cuidar dos seus filhos e de protegê-los, eu gostaria que vcs pensassem muito sobre o que eu vou relatar.
Sou filha de uma mãe solteira, que teve em seu redor apenas casais heterossexuais (dos tios, dos vizinhos, dos amigos da família e de outras pessoas ao meu redor). Eu nunca convivi com casais homossexuais, jamais vi um beijo entre pessoais do mesmo sexo na minha infância e nem na minha adolescência. Portanto, não fui influenciada pelo meio em que convivi a ser bissexual. Porém, fui invadida na minha memória familiar por inúmeras experiências terríveis nas relações entre marido e mulher que convivi.
Desde os 8 anos, meu tio agredia verbal, psicologica e fisicamente minha tia. Moramos com eles por três anos seguidos de terror e muita violência psicológica. Convivi com inúmeros casais, tios e tias que já não se gostavam e mantinham relações de tortura, difamação e muita indiferença com os filhos. Convivi com pessoas que não se abraçavam e não se beijavam mas se odiavam para qualquer um ver. E tive muitos vizinhos que eram espancadores de suas mulheres.
Convivi com muitas famílias destruídas por álcool (droga legalizada), cigarro que levou tios e vizinhos (droga legalizada), com formas de assédio sexual até em família (um primo que era o assediador mais asqueroso das primas com menos de 15 anos, um tipo de pedofilia aceita porque isso era coisa de homem). Eu convivi com o que nenhuma criança, nem um adolescente deveria conviver. Eu não tive escolha.
Em compensação, eu quero ter filhos que convivam com a história mais diferente disso o possível. Se eu tiver uma mulher do meu lado, eu quero ser uma mãe que respeita a mãe dos meus filhos. Se eu tiver um homem do meu lado, eu quero ser a mãe que respeita e é respeitada pelo pai dos meus filhos. Eu quero que meus filhos vejam beijos, abraços e muito amor entre duas mulheres ou entre um homem e uma mulher. Eu quero que eles saibam que amor não tem que gerar vergonha e nem constrangimento.
Eu vou cuidar para que meus filhos saibam que sexualidade não é doença e nem proibido, não é pecado e nem sacrifício. Eu quero que eles sejam saudáveis em amar. E que amem. Amem muito. Que amem para além do gênero e da sexualidade, da etnia e da religião. Que amem com muito orgulho porque amar não é doença e nem um problema, é - no mundo de hoje - a solução. Amar cura.
Que sejamos amantes e amados sem medo de que alguém nos condene ao inferno ou à morte. Amar cura.
Curem seus filhos da doença do preconceito.😘♥
Sou filha de uma mãe solteira, que teve em seu redor apenas casais heterossexuais (dos tios, dos vizinhos, dos amigos da família e de outras pessoas ao meu redor). Eu nunca convivi com casais homossexuais, jamais vi um beijo entre pessoais do mesmo sexo na minha infância e nem na minha adolescência. Portanto, não fui influenciada pelo meio em que convivi a ser bissexual. Porém, fui invadida na minha memória familiar por inúmeras experiências terríveis nas relações entre marido e mulher que convivi.
Desde os 8 anos, meu tio agredia verbal, psicologica e fisicamente minha tia. Moramos com eles por três anos seguidos de terror e muita violência psicológica. Convivi com inúmeros casais, tios e tias que já não se gostavam e mantinham relações de tortura, difamação e muita indiferença com os filhos. Convivi com pessoas que não se abraçavam e não se beijavam mas se odiavam para qualquer um ver. E tive muitos vizinhos que eram espancadores de suas mulheres.
Convivi com muitas famílias destruídas por álcool (droga legalizada), cigarro que levou tios e vizinhos (droga legalizada), com formas de assédio sexual até em família (um primo que era o assediador mais asqueroso das primas com menos de 15 anos, um tipo de pedofilia aceita porque isso era coisa de homem). Eu convivi com o que nenhuma criança, nem um adolescente deveria conviver. Eu não tive escolha.
Em compensação, eu quero ter filhos que convivam com a história mais diferente disso o possível. Se eu tiver uma mulher do meu lado, eu quero ser uma mãe que respeita a mãe dos meus filhos. Se eu tiver um homem do meu lado, eu quero ser a mãe que respeita e é respeitada pelo pai dos meus filhos. Eu quero que meus filhos vejam beijos, abraços e muito amor entre duas mulheres ou entre um homem e uma mulher. Eu quero que eles saibam que amor não tem que gerar vergonha e nem constrangimento.
Eu vou cuidar para que meus filhos saibam que sexualidade não é doença e nem proibido, não é pecado e nem sacrifício. Eu quero que eles sejam saudáveis em amar. E que amem. Amem muito. Que amem para além do gênero e da sexualidade, da etnia e da religião. Que amem com muito orgulho porque amar não é doença e nem um problema, é - no mundo de hoje - a solução. Amar cura.
Que sejamos amantes e amados sem medo de que alguém nos condene ao inferno ou à morte. Amar cura.
Curem seus filhos da doença do preconceito.😘♥
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA