quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Já notaram como a gente se sabota um montão de vezes?
Vou contar o "causo" de uma ex-aluna :
Quando ela começou a fazer as aulas de dança, me disse a seguinte frase : "Desde pequena eu sonhava dançar. Nunca pude. Agora posso. Era meu sonho e agora to realizando".
Ela frequentava as aulas regularmente, quase nunca faltava. Super dedicada, talentosa. Fez sua primeira apresentação. Arrasou! Tava linda, dançou lindamente. 1 mês depois, me comunicou que pararia de vir nas aulas. Fiquei sem saber o que dizer. Perguntei se havia algum problema, se eu tinha errado com ela, se poderia melhorar em algum ponto, se era falta de grana, ofereci bolsa de estudo e tudo mais. Ela foi taxativa "Não foi nada que você fez e não é falta de grana. Eu amo suas aulas e amo dançar. Mas to passando uma fase difícil e preciso focar em mim". Não fazia sentido, sob o meu ponto de vista! "Focar em si", era algo que eu entendia como o oposto de abandonar algo que ela sonhou a vida inteira! Ela estava tão feliz na dança, tão realizada! Porque abandonar justamente o que lhe fazia bem? Fiquei triste por perder uma aluna tão querida, mas busquei entender e deixar claro que quando ela quisesse voltar, as portas do estúdio e do meu coração estariam abertas.
Dois anos depois eu a reencontrei por acaso na rua. Ela me deu um longo abraço. Disse que tinha saudades de mim, da dança, das aulas, das colegas. E completou com os olhos cheios de lágrimas "não entendo porque fiz aquilo comigo! Você sempre disse que a dança era das poucas coisas que a gente faz só pra gente mesma. Eu não dançava por ninguém, dançava por mim e pra mim. Você estava certa! Parei de dançar, mas continuei fazendo um monte de coisas que me faziam mal. Larguei só o que me fazia bem." Perguntei porque ela não voltava a dançar, mesmo que fosse com outra professora ou em outra modalidade (às vezes a pessoa se cansa de uma só didática ou de um só estilo, né?) E ela respondeu que não achava mais espaço pra dança. Que tava trabalhando muito, que foi fazer natação, que não gostava, que era mais caro,  mas ela tinha se "acostumado a fazer".
Se despediu dizendo "Mas um dia eu volto, Ana! Foram os meses mais felizes da minha vida! Um dia eu volto."
E lá se foi ela, dizendo para o próprio sonho (mas achando que tava dizendo pra mim) "Um dia eu volto"
Eu sei que nem tudo que sonhamos "cabe" na nossa rotina, que às vezes o sonho é diferente da realidade, que cada uma tem um tempo, que ela pode sim voltar ou não voltar nunca mais... mas uma pergunta me martela a cabeça quando coisas assim acontecem :
Porque a gente deixa de lado o que nos faz bem e muitas vezes segue insistindo em coisas que não nos fazem nada bem?
"Um dia eu volto". Quantas de nós (eu mesma, muitas vezes!) já dissemos isso para nossos sonhos, para nossas expectativas, para aquilo que nos faz felizes?
É só uma reflexão. Sem a intenção de trazer "verdades absolutas". Mas se eu pudesse pedir algo a vocês (e a mim mesma) seria : se PUDER escolher, escolha abandonar o que te faz mal.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

José Luiz Ferreira eu fico sempre muito chocada com algumas situações causadas pelo poder da informação em rede. Isso é muito complexo e ao mesmo tempo perigoso mesmo. É complexo porque estamos ainda vivendo e dentro do processo que está em andamento, o que dificulta qualquer constatação efetiva. Mas, ainda assim, acredito que é possível pensarmos em certos limites necessários para o uso e influência da rede mundial nas nossas vidas e na nossa espécie. O segundo ponto, sobre ser perigoso é o que mais me deixa aflita. Eu fico perplexa de ver a proporção que uma informação propagada, seja ela minimamente verdadeira ou extraordinariamente falsa, consegue chegar. Vidas estão sendo destruídas e a nossa civilização está passando por uma revolução. Haverá um mundo antes e o mundo depois desses tempos. Não duvide! Nisso tudo, eu finco a minha racionalidade em um princípio que não acho que perca o valor: a humanidade. Se humanizar vai ser cada vez mais vital e difícil. Vigilância à própria humanidade, prudência e observância. Com certeza, são as virtudes dos que sobreviverão ao caos. Sem mensagem apocalíptica, sendo dedutiva mesmo. A guerra já começou e nem é possível saber quem é o próximo inimigo. Vencer é não se tornar um deles. Eu penso assim.
"Nossos segredos são os mesmos.
Desde o princípio.
Desde que o mundo é mundo.
Não se iluda.
Somos feitas da mesma matéria e das mesmas dores.
Nenhum deles está aqui para nos salvar.
Só você pode se salvar.
Acredite.
Em você.
Não dobre seus joelhos, não beije seus pés.
São tão impuros quanto os teus e os meus.
Que a semente de amor que você tem dentro, floresça através dos tempos.
Até o final.
Não... não existe final.
É outra ilusão.
Não existe separação.

Eu te sinto em mim.
Nossos segredos são os mesmos.
Os teus ainda estão guardados?
Por que você os protege?
Deixe-os voar.
Deixe o vento levar.
A tempestade lavar.
Não tenha medo.

Eles são covardes.
Não vão entrar mais no seu quarto, pequena.
O seu silêncio os fortalece.
O seu segredo os fortalece.

Se todas contássemos nossos segredos... o seu poder acabaria.
Todas juntas!"

Por Sabrina Bittencourt

(quando começou a saga contra líderes espirituais abusadores, em 28.08.2018 - EQUIPE COAME. www.coamebr.tk)

#SABRINAPRESENTE
#OCORPOÉMEUVAISEFUDER
#EuSouSobrevivente