Pois é, gente, realmente muitas crianças são mal cuidadas e maltratadas por causa de uma mentalidade antiquada que exige a maternidade, sem atentar para a obrigatoriedade da paternidade. As crianças não são descuidadas porque as mães pressionadas e influenciadas as descuidaram. Ao contrário do que tudo indica, o fato é que os papais foram desobrigados e estes sim se deram ao desrespeito de abandonarem sua responsabilidade. Mesmo quando um homem é "surpreendido" por uma paternidade indesejada, o que parece ser tão banal na nossa mentalidade familiaresca, ele parece ter o "direito", ou melhor dizendo, ele se dá à inconsequência de não ser um pai, daí então as mães, quase que absolutamente punidas são as responsabilizadas unicamente pela criança para o resto da vida. Precisamos repensar imediatamente essa ideia, que até parece boba, de que a maternidade é um bem indiscriminado para uma mulher. Precisamos dar a responsabilidade equitativa para o pai e para a mãe, também dentro da medida exata para a família do pai e da mãe desta criança. E, acima de tudo, precisamos acabar de uma vez por todas com a romantização da maternidade, que não deve ser "padecer no paraíso" para uma mulher, deve ser apenas arcar com a responsabilidade de 50% sobre o bem estar dessa criança.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA