terça-feira, 24 de outubro de 2017

Amores líquidos

''Acordei. Peguei o celular. Ignorei as mensagens dos grupos. Fui direto para o papo com ela. Mandei “bom dia” acompanhado de uma carinha fofa. Larguei o celular. Levantei. Cumpri o ritual das manhãs. Dentes. Banho. Roupa. Enquanto tomava uma enorme xícara de café, olhei novamente o telefone. Dois tiques azuis no meu “bom dia”. Nenhuma resposta. Guardei a leve chateação. Fui para as obrigações. 45 minutos depois. Olhei o celular. Nada. 2 horas mais tarde. Nada. Intervalo para o lanche. Troquei mensagens com amigos. Dei risada em alguns grupos. Fui novamente no papo com ela. ONLINE. Nenhuma palavra. Nada. Absolutamente nada. Deixei o orgulho de lado. Mandei aquela carinha com o polegar e o indicador no queixo. Funcionou. Ela respondeu. “Bom dia, tudo bem com vc???”. Ufa. “Tudo tudo. E como vc passou de ontem pra hj?”. 2 minutos. 5 minutos. “Tô na correria aqui dpois nos falamos bj”. Poxa. “Ok, linda. Tô por aqui, é só chamar. Bjo”. Voltei para os afazeres. Saí para o almoço. Voltei do almoço. Rodei pelo Facebook. Ela postou uma foto com um amigo. Será que eu curto? Curti. Será que comento? Não. É demais. Abri mais uma vez o papo com ela. ONLINE. E nada de falar comigo. Nada. Passei a tarde fingindo me importar com outras coisas. Caiu a noite. Nada dela. Fui pra casa. Nada. Vi um episódio de Friends. Achei chato. Deitei para dormir. Abri o papo. ONLINE. Mandei o orgulho definitivamente às favas. Arrisquei uma frase. Apaguei. Arrisquei outra. Apaguei. Uma terceira. E enviei. “Acabei de ver um episódio de Friends. Nossa!”. Tentei parecer despreocupado. Relaxado. Tranquilo. 2 minutos. 5 minutos. 7 minutos. ONLINE. “Acontece hahahaha”. Só isso. Nada mais. Ela não perguntou do episódio. Não perguntou do meu dia. Não continuou o papo. Ainda joguei um “hahahaha sim”. Larguei o telefone. Dormi chateado. Acordei. Peguei o celular. Abri o papo com ela. Não vou mandar “bom dia”. Acreditem se quiser. Mas ainda tinha me restado um pouco de dignidade.
Eu juro que reli umas 30 vezes os nossos papos para tentar achar onde foi que nos perdemos. Onde foi que eu a perdi? Por que ela "foi embora?" Por que ela parou de responder? Ainda no dia anterior, ela tinha me mandado uma música linda e criado um apelido fofo. O papo estava indo, sabe? Aquela conversinha legal em que a gente começa desvendar o outro. Tudo parecia estar bem... Foi além do sexo. Eu sei que foi. Mensagens diárias. Carinho. Parecia que ia ser coisa firme. Eu realmente pensei que fosse funcionar. Juro. Qualquer um pensaria pelo modo como estávamos indo. De repente, não mais que de repente, ela ficou evasivo. Fria. E sumiu. Sumiu. Sem explicações ou porquês. Uma dia, num papo delicioso, ela me falou que amava filme de terror. Até combinamos de ver no cinema.
Sabe, depois que eu vivi esse ghosting, comecei a refletir um pouco. A gente nunca pensou muito nas palavras de Bauman, mas talvez ele tenha razão. Os amores estão líquidos, frágeis, passageiros. Quantas vezes não foi eu quem retribuí gentileza com silêncio depois de alguns encontros? Quantos “olás” no Tinder eu nem abri? Se ficou tudo tão fácil para construir os laços, através de milhões de aplicativos, ficou igualmente fácil desatá-los. Numa infinidade de contatos e “ois”, a gente não sabe mais insistir ou se relacionar a longo prazo. Quantos ghosting ainda irei viver? Quantas contatos irei manter? Quantos aplicativos terei? Quantos encontros nessa semana? Quantas relações online de 15 dias? Quanto eu ainda vou me afetar? Quanto eu vou afetar alguém?
Acordei. Cumpri o ritual das manhãs. Enquanto tomava café na xícara, olhei o celular. Respondi a dois “bom dia” que recebi dos contatinhos. Será quanto tempo eles vão durar?"

- A era dos amores líquidos... Alguém se identifica?

Autor desconhecido

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

olá, eu sou o seu sintoma

O Segredo • 18 de abril de 2015

olá, eu sou o seu sintoma!

Olá, tenho muitos nomes: dor de joelho, abscesso, dor de estômago, reumatismo, asma, mucosidade, gripe, dor nas costas, ciática, câncer, depressão, enxaqueca, tosse, dor de garganta, insuficiência renal, diabetes, hemorróidas e a lista continua. Ofereci-me como voluntário para o pior trabalho: ser o portador de notícias pouco agradáveis para você. Você não entende, ninguém me compreende. Você acha que eu quero lhe incomodar, estragar os seus planos de vida, todo mundo pensa que desejo atrapalhar, fazer o mal, limitar vocês. E não é assim, isso seria um absurdo. Eu o sintoma, simplesmente estou tentando lhe falar numa linguagem que você entenda. Vamos ver, me diga alguma coisa. Você negociaria com terroristas, batendo na porta com uma flor na mão e vestindo uma camiseta com o símbolo da “paz” impresso nas costas? Não, certo? Então, por que você não entende que eu, o sintoma não posso ser “sutil” e “levinho” quando preciso lhe passar uma mensagem. Me bate, me odeia, reclama de mim para todas as pessoas, reclama de minha presença no seu corpo mas, não para um minuto para pensar e raciocinar e tentar compreender o motivo de minha presença no seu corpo. Apenas escuto você dizer: “Cala-te”, “vá embora”, “te odeio”, “maldita a hora que apareces-te”, e muitas frases que me tornam impotente para lhe fazer entender mas, devo me manter firme e constante, porque devo lhe fazer entender a mensagem. O que você faz? Manda-me dormir com remédios. Manda-me calar com sedativos, me suplica para desaparecer com anti-inflamatórios, quer me apagar com quimioterapia. Tenta dia após dia, me calar. E me surpreendo de ver que às vezes, até prefere consultar bruxas e adivinhos para de forma “mágica” me fazer sumir do seu corpo. A minha única intenção é lhe passar uma mensagem, mesmo assim, você me ignora totalmente. Imagine que sou a sirene do Titanic, aquela que tenta de mil maneiras avisar que tem um iceberg na frente e você vai bater com ele e afundar. Toco e toco durante horas, semanas, meses, durante anos, tentando salvar sua vida, e você reclama que não deixo você dormir, que não deixo você caminhar, que não deixo você trabalhar, ainda assim continua sem me ouvir… Está compreendendo? Para você, eu o sintoma, sou “A doença”. Que absurdo! Não confunda as coisas. Aí você vai ao médico e paga por tantas consultas.Gasta um dinheiro que não tem em medicamentos e só para me calar. Eu não sou a doença, sou o sintoma. Por que me cala, quando sou o único alarme que está tentando lhe salvar? A doença “é você”, é “o seu estilo de vida”, são “as suas emoções contidas”, isso que é a doença e nenhum médico aqui no planeta terra sabe como as combater, a única coisa que eles fazem é me atacar, ou seja, combater o sintoma, me calar, me silenciar, me fazer desaparecer. Tornar-me invisível para você não me enxergar. É bom se você se sentir incomodado por estar lendo isso, deve ser algo assim como um “golpe na sua inteligência”. Está certo se estiver se sentindo frustrado, mas eu posso conduzir o teu processo muito bem e o entendo. De fato, isso faz parte do meu trabalho, não precisa se preocupar. A boa notícia é que depende de você não precisar mais de mim, depende totalmente de você analisar o que tento lhe dizer, o que tento prevenir. Quando eu, “o sintoma” apareço na sua vida, não é para lhe cumprimentar, é para lhe avisar que uma emoção contida no seu corpo, deve ser analisada e resolvida para não ficar doente. Deveria se perguntar a si mesmo: “por que apareceu esse sintoma na minha vida”, “que pretende me alertar”? Por que está aparecendo esse sintoma agora? Que devo mudar em mim? Se você deixar essas perguntas apenas para sua mente, as respostas não vão levar você além do que já vem acontecendo há anos. Deve perguntar também ao seu inconsciente, ao seu coração, às suas emoções. Por favor, quando eu aparecer no seu corpo, antes de procurar um médico para me adormecer, analise o que tento lhe dizer, verdadeiramente, por uma vez na vida, gostaria que o meu excelente trabalho fosse reconhecido e, quanto mais rápido tomar consciência do porquê do aparecimento no seu corpo, mais rápido irei embora. Aos poucos descobrirá que quanto melhor analisar, menos lhe visitarei. Garanto a você que chegará o dia que não me verá nem me sentirá mais. Conforme atingir esse equilíbrio e perfeição como “analisador” de sua vida, de suas emoções, de suas reações, de sua coerência, não precisará mais consultar um médico ou comprar remédios. Por favor, me deixe sem trabalho. Ou você acha que eu gosto do que eu faço? Convido você para refletir sobre o motivo de minha visita, cada vez que eu apareça. Deixe de me mostrar para os seus amigos e sua família como se eu fosse um troféu. Estou farto que você diga: “Então, continuo com diabetes, sou diabético”. “Não suporto mais a dor no joelho, não consigo caminhar”. “Aqui estou eu, sempre com enxaqueca”. Você acha que eu sou um tesouro do qual não pretende se desapegar jamais. Meu trabalho é vergonhoso e você deveria sentir vergonha de tanto me elogiar na frente dos outros. Toda vez que isso acontece você na verdade, está dizendo: “Olhem que fraco sou, não consigo analisar, nem compreender o meu próprio corpo, as minhas emoções, não vivo coerentemente, reparem, reparem!”. Por favor, tome consciência, reflita e aja. QuantoQuanto antes o fizer, mais cedo partirei de sua vida! Atenciosamente, O sintoma.” Autor desconhecido
O Segredo
O site O Segredo foi criado para ofertar um conteúdo diferenciado e motivador. Nosso intuito é levar o leitor a uma nova reflexão sobre os mais variados temas e assim possibilitar o seu crescimento pessoal.

* Saiba como escrever para o site O SEGREDO

o

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O moralismo cria o contexto perfeito para o abuso sexual de crianças. Não é a nudez. Não precisa de gente pelada para haver abuso. Precisa da intenção de abusar, pode acontecer de roupa.

Uma amiga foi abusada pelo tio. Ela era pequena, o tio colocava ela no colo, na sala, diante da família toda. Ficava de pau duro, se esfregando nela. Um dia ela foi fazer uma pergunta pra mãe sobre isso. Levou um tapa na cara. A família toda muito religiosa.

O Brasil, país majoritariamente cristão e extremamente conservador, tem um dos maiores índices de abusos de crianças no mundo. Não é por acaso. A moralidade cristã faz da nossa população um bando de hipócritas compulsivos. O cristianismo é uma holding especializada em criar pecados e vender perdões. Como a máfia italiana - a propósito, muito devota - eles cobram pra proteger a população deles mesmos. Não venham culpar a performance. Não venham culpar o funk. Não venham culpar a arte. O Brasil cristão sempre gostou, e muito, de estuprar criancinhas. E sempre detestou ser lembrado disso. Se a arte faz alguma coisa é criar um plano de escape dessa moral venenosa.

Se alguém resolvesse seguir à risca as regras que o cristianismo impõe, não poderia viver em sociedade. Todo mundo sabe que não é viável. Mas o sistema que eles criaram é bem inteligente: não é viável, ninguém consegue, e é assim que as igrejas lucram. Dando culpa e vendendo conforto, dando culpa e vendendo conforto, como se fosse crack. Todo mundo faz, todo mundo finge que não viu o seu, todo mundo fica espionando os outros, todo mundo fica com medo de ir pro inferno, todo mundo precisa da igreja pra ser salvo, todo mundo fica aliviado, todo mundo começa a pecar de novo.

Há poucos meses um grupo de pais saiu às ruas de Rondônia querendo proibir um livro didático. O livro era de ciências. O motivo era uma ilustração de um pênis, no capítulo onde se tratava do aparelho reprodutivo. Uma das mães entrevistadas alegou que a ilustração era muito "avançada para a faixa etária do filho". Qual era a faixa etária? Chutem. 4? 5 anos de idade? Não, gente, 13. O filho dela tinha 13 anos e o livro era voltado ao 8º ano do ensino fundamental.

Agora, digamos que uma criança como esse menino sofresse um abuso - torço pra que não, embora as estatísticas concorram  pra isso - como ele poderia contar isso pra uma bosta de mãe dessas, que prefere se convencer de que seu filho de 13 anos não sabe que tem pênis do que lidar com a realidade? É assim que os abusos se perpetuam. Pela moralidade. Essa moralidade torta, doente, autopunitiva, mentirosa, hipócrita, que encontra um prazer doloroso na culpa e na vigília dos pecados alheios.

Cada vez que eu vejo um comentário "em defesa das nossas crianças" eu tenho vontade de ir lá e chutar a boca da pessoa pessoalmente. Os brasileiros estão pouco se importando "as nossas crianças". Quando duas meninas são estupradas por oito homens adultos na Bahia, são chamadas de vagabundas e ameçadas até terem que mudar de cidade. Quando políticos administram redes de prostituição e tráfico infantil, se reelegem, são condenados e descondenados, ficam soltos. Quando os casos acontecem nas suas famílias, ficam em silêncio, preferem não falar nada. E se as crianças forem indígenas, pretas, pobres, nas periferias das cidades, são até capazes de dar uma risadinha safada. São uns bostas.

Falam "deixem as nossas crianças", "deixem as crianças serem crianças", "não falem de homossexualidade com as nossas crianças", "não deixem as nossas crianças saberem que corpo existe", "tirem sua arte de perto das nossas crianças". E largam as crianças ignorantes, sem saber de nada, reprimidas, com medo de si mesmas, de tudo, sem coragem de perguntar nada, de falar nada, vulneráveis. Fazem filhos por obrigação, não cumprem com a responsabilidade de entender e conversar com os filhos, não querem que ninguém converse, porque são preguiçosos demais pra lidar com isso. São uns bostas. Uns bostas que acham que as crianças são propriedade deles. Não mexam com os nossos impostos, não mexam com as nossas crianças. Pra eles é a mesma coisa, propriedade.

Tive uma babá que engravidou aos 16. O cara tinha uns 30 e poucos, era primo dela. Ela cuidava de mim quando eu tinha uns nove, oito anos. Falava de sexo o dia inteiro, sem parar. Sabia todas as piadas mais sujas, trazia as revistas pornográficas dos irmãos dela pra me mostrar. A gente ficava lendo os contos eróticos. Só que nem eu nem ela conseguíamos entender nada daquilo direito. A gente achava que pinto era oco, não conseguia entender direito onde entrava, achava que entrava por um buraco e saía por outro. Não tinha ninguém pra explicar. E nenhum dos dois fazia nenhuma relação entre aquilo e gravidez. Quando ela engravidou já não trabalhava mais lá em casa. Uns meses depois que o bebê nasceu encontrei com ela na rua. Ela me contou que foi descobrir só com sete meses. Achava que era verme. Mas não entendia como tinha acontecido. Não sabia que o cara fazer xixi dentro dela engravidava. Obviamente o cara sumiu da cidade, ela ficou com o bebê sozinha. Se tivesse abortado, seria chamada de assassina.

Uma menina de nove anos era estuprada pelo padrasto. Ficou grávida, de gêmeos. Uma menina de nove anos, pesando pouco mais de 30kg, grávida de gêmeos. O que os nossos bons cristãos, nossas famílias de bem fizeram? Se mobilizaram? Se mobilizaram sim, pra acabar com a vida da menina. Quando ela foi ao hospital abortar, amparada pela mãe e pelas duas situações legais em que o procedimento é permitido - gravidez decorrente de estupro E com risco de vida  à gestante - estavam lá as nossas boas famílias, protestando, querendo impedir. Querendo fazer uma menina de nove anos levar até o final uma gravidez de risco, decorrente de um estupro, mesmo que ela morresse, porque aborto é assassinato. Assassinos são eles. E estupradores. E porcos. Como foi porco aquele pedaço de esterco mofado chamado Dom José Cardoso Sobrinho, Arcebispo do Recife, cuja única iniciativa diante do ocorrido foi pedir a excomunhão de todos os integrantes da equipe médica. Oferecer uma ajuda, um dinheiro? Se inteirar da situação? Criar um fundo pra beneficiar crianças vítimas de abuso? Nã-não. Excomunhão. É essa a contribuição que ele pode fornecer. E ainda tá vivo o desgraçado. Que morra com muita dor. Muita. São meus votos. Pra ele e pra cada um dos bandidos que foi pra frente daquele hospital protestar.

Agora eu não tenho dó de moralista. Não tenho um pingo de afeto. Se a gente quer dividir o mundo entre cidadãos de bem e degenerados, já escolhi o meu lado faz tempo. Ou escolheram pra mim, porque eu nunca ia aguentar aquele perfume barato de hipocrisia e desodorante masculino. Não quero conciliação com essa gente, quero guerra, quero treta. Quero estar nos pesadelos deles. Onde eu puder e onde eu estiver, vai ter guerra. Seja simbólica, seja jurídica, seja na porrada. Não vão ganhar, não têm a menor chance, porque são imbecis.

Postagem de Dalvinha Brandão, no Facebook, dia 12 de outubro de 2017.
São as minhas idênticas dores e ideias!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

[10/10 19:12] Hilda: Infelizmente estou descobrindo que nossos infernos são nossos paraísos quando a gente não tah dormindo
Parece que durante um tempo a gente fica dormindo acordada, meio que mirabolando no lugar de viver
Até que chega um momento do dia que a  nossa vida acorda, nesse momento nem um olho querendo ser cego consegue esconder a realidade das coisas
A gente deveria escutar mais a nossa realidade, sentir mais a nossa pele quando algo dói
É nesse exato momento de lucidez que a gente vai ganhando conhecimento pra se sair das prisões de desejo que a gente mesmo se colocou
Não que desejar seja algo ruim, pois neste caso desejamos muitas vezes o que nos faz levantar da cama mesmo que para não estar acordado vivendo de fato
Desejamos somente para não parar tudo ali
Mas nas horas de lucidez o nosso corpo, os nossos sentimentos nos mostram o mapa da saída
 Aquilo que nos incomoda não deveria nos aprisionar, deveríamos autoavaliar nossas escolhas e talvez perder algumas fantasias para curtir uma vida de verdade com alegrias bem vividas

Belém, 10 de outubro de 2017

PS: Recomeçando os trabalhos 📖✍️🙌📲📓📒📃📫📪📬