sábado, 30 de julho de 2011

As asas das minhas penas

Foi com minhas penas que consegui asas,
 como com o medo o pequeno pássaro voa.


As penas que então me conduziram horizonte ao longe,
como o vento do norte que, de folhagem, a terra abrange.


Penas que já não estão só,
com outras companheiras,
mutuamente, se espalham.


Apenas se traduziram em asas,
 as penas que já não são minhas,
 pois as minhas asas hoje são penas.




Escrito por Hilda Freitas
Dedicada ao dia do Escritor
Em, Niterói, 28 de julho de 2011.



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Prece de pressa

Caí na estrada
sem querer andar
e já bem cansada saí
nem me percebi alevantada,
passos bem firmes,
pernas equilibradas
foi a ventania que me pôs ali.
De pé e sem titubiar
não poderia ter medo
era só Deus me fazendo voar.




Escrito por Hilda Freitas,
BELÉM, 27 de abril de 2010.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Aos 59 anos luz da minha vida


        A minha mãe agora tem 59 anos e eu gostaria muito de estar lá para dizer o quanto ela é importante nos meus 23 anos. Tudo que já consegui e o que ainda nem sonho que poderei ser, ela faz parte. Minha mãe é a minha estrela guia, um caminho de luz, a minha história de amor.
Dona Graça, meu anjo mais velho.



O Anjo Mais Velho
O Teatro Mágico

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"
Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar