segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

mítica mulher

Em pensar que é,  HISTORIOGRAFICAMENTE, comprovado que a origem humana da religião,  isto é,  a dimensão MÍTICA,  tem direta relação com ser mulher. Isso acontece exatamente POR TUDO QUE É a mulheridade na construção simbólica e material (cultural-dialética) das subjetivações humanas, é  a própria ancestralidade sedimentada. Eu não consigo compreender o "ateismo" como uma abertura feminista na mentalidade, porque muitas vezes é uma espécie de expressão de uma elitização intelectual de epistemologia BRANCOCÊNTRICA, o que já significa MACHOLÓGICA. Eu digo isso por causa das leituras indispensáveis de Gerda Lerner (A criação do patriarcado,  no livro INTEIRO, ATÉ AS NOTAS DE RODA PÉ); da Angela Davis (Mulher, raça e classe por exemplo); Silvia Federici (Calibã e a Bruxa  e    Reencantando Mundo: feminismo e política dos comuns); bell hooks ( E eu não sou uma mulher entre outros); Audre Lorde (Irmãs outsider); e muitos outros. Eu realmente li nesses livros nitidamente e notoriamente a relação das mulheres com o saber mítico,  embora a relação entre poder e religião na perspectiva ocidental hegemônica APAGUEM, SOTERREM, ESCONDAM e SILENCIEM A IMANÊNCIA DAS MULHERES e o nosso poder - MUITAS VEZES - político e estratégico evidenciado na religião, na religiosidade, vide as egípcias mais proeminentes enquanto governantes as cleópatras e tantas sacerdotisas que eram muito importantes como CONSELHEIRAS em muitas dinastias no Oriente Médio Próximo.  O filme "A mulher Rei" demonstra incontestavelmente isso. Eu realmente não compreendo o ateismo como um benefício direto às questões das mulheres, em especial às mulheres de periferia, às mulheres PRETAS e negras, às mulheres de comunidades tradicionais e às mulheres de comunidades indígenas e originárias.  O único olhar possível sobre ateismo e feminismo é pelo prisma da branquitude,  o único.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

quero conhecer meu pai

Eu quero conhecer o meu pai

Meus amigos, eu sei que essa é uma história que vcs já conhecem faz tempo mas eu gostaria de recontá-la em poucas linhas. Eu sou gêmea   (Hel Freitas ) e tenho uma mãe muito guerreira que criou a gente sem o apoio do nosso pai. Essa não é uma história de amor muito bonita, mas a gente nasceu e sempre foi muito amadas por todas as pessoas que de alguma forma nos ajudaram a superar tantas dificuldades que a falta de um pai nos causou. Foram muitas dificuldades, muitos de vcs sabem muito bem disso.
Hoje, eu queria falar da minha maior dificuldade: ir à procura do meu pai. Sabe, meus amigos, não é nada fácil admitir que vc precisa de alguém que vc nunca conheceu de fato, que parece muito mais invisível, talvez, mais invisível aos meus olhos. Mas hoje, eu só queria começar a vencer esse grande desafio. 
Se vc sabe do quanto isso é difícil pra mim, porque vc me conhece de verdade, apenas me ajude. Eu quero muito conhecer o senhor que é meu progenitor. Não quero nenhuma ajuda financeira, que fique bem claro isso aqui. Não quero remoer mágoas ou dizer quem foi certo ou errado. Eu só quero conhecer e vê-lo, nem que seja uma vez. Esse desafio eu preciso vencer e sozinha eu não vou conseguir.
Segundo o que já me falaram, o nome Jadson Souza da Silva, talvez ele more em Belém, não sei. Provavelmente ele já foi ou ainda é taxista. Trabalhou em um banco na década de 80 chamado Sulamericano, mas esse banco já até faliu. Ele teve um breve relacionamento com uma moça, na época uma moça hoje uma jovem senhora, Maria das Graças Queiroz de Freitas que trabalhava no Armazém Kawagem.
É isso que eu sei.
Se vc quiser me ajudar compartilha a minha história, porque eu preciso muito conhecer esse senhor.
Agradeço demais o  apoio e a consideração de todos vcs. 
Me ajudem

Pronto, meus amigos, podem compartilhar