quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

os bons morrem antes...

Hoje fico seriamente me perguntando se Renato Russo estava certo. Será que "os bons morrem antes?" Por que? Precisamos tanto de seres edificantes, eles não são melhores sozinhos, são pontes para nossa evolução. Assim é a minha história com a minha cachorrinha. Ela simplesmente me provou que eu estava enganada, que ela seria muito importante e que eu um dia precisaria dela. Mas não demorou não. Logo que a peguei pela primeira vez no colo, aquele bolo de pulga, de verminha, de sarninha... Ah Meu Deus! Ela logo foi quebrando as pedras da minha muralha - sem nem raciocinar, a minha cachorrinha descobriu que o meu problema era solidão, que eu precisava era de carinhos recíprocos, de compromisso na hora de abraçar, de beijinhos TODA HORA!

Ela não se importava por eu abraçá-la TODA HORA; nem brigava comigo quando não conseguia compreendê-la; não reparava no meu cabelo desarrumado; nem na minha falta de etiqueta. Só queria brincar, só sabia correr, só vivia roendo TUDO, só podia me escutar mas nem podia me dar conselhos.
Sabe que a convivência nestes 7 anos foi um presente pra mim. Para ela não, foi até muito trabalho! Me pergunto como alguém tão pensante como um HOMO SAPIENS SAPIENS como eu poderia ser tão nonsense. Ela não! Entendia tudo! Se faltasse ração, ela comia o que tivesse. Se o baninho faltava ela nem ligava. Só queria me ver chegando... Ela balançava o rabinho, corria com tudo em cima de mim e de quem me acompanhasse. Às vezes batia o rabinho com toda a força e até machucava, mas todos riamos dizendo ela parece que está dizendo me olha, me abraça, eu estava te esperando...
Eu também estava te esperando Belinha! Você chegou na hora certa, pois eu nem falava direito com as pessoas, nem sabia abraçar direito, não sabia que alguém por perto não era nenhum sacrifício, era o melhor presente. Pois é meus amigos, a minha cachorrinha me ensinou a ser gente, ser mais amiga, ser carinhosa. Se ela não chegasse sei lá se conseguiria ser melhor.
Muitos acreditam que o cachorro é um bajulador, vive mendigando atenção. Mas não!
O cachorro é um dos animais mais atenciosos, leias, companheiros e carinhosos. Eu sou a prova de que o cachorro pode ser mais fraterno que o próprio Ser Humano. Devo agradecer pela faculdade de aprender, que animais, temos! E eu, Belinha, aprendi com você! Muito obrigada, meu S2!
Hoje, vc nem poderá me receber abanando o rabinho, já faz 2 meses que você teve que partir sem mim. Mas onde vc estiver eu sei que eu estou escrita na sua história. E vc virá comigo onde eu for.
De sua mami,